Extraordinário conto do escritor russo Nikolai Vasilievich Gogol, narra a épica luta dos resistentes ucranianos contra os invasores polacos, na qual se traça a figura marcante na personagem de um valoroso e velho cossaco e dos seus dois filhos.
De admiráveis contornos realistas, esta obra manifesta-se, ao primeiro alcance, como mais uma entre muitas épicas histórias de cossacos das estepes ucranianas, que se vêem confrontados com um inimigo mortal e que ao longo da narrativa o leitor é transportado, através de descrições alusivas às suas tradições, para o fantástico mundo da sua existência, das quais “Taras Bulba” faz parte por consanguinidade e analogia. As aventuras de “Taras Bulba” têm como pano de fundo as remotas e distantes estepes da Ucrânia. No intuito de preparar os filhos para a missão que os cossacos têm por tradição, o valente cossaco deixa para trás o lar e, com sede de peleja, parte com eles para se estabelecer no campo de treinos dos cossacos, o “Zaporojié”.
O conto retrata uma época distante, onde o Tártaro é visto como um potencial inimigo, tal como o invasor polaco, que aos olhos destes valentes guerreiros passa a ser o agressor da camaradagem e da fé cossaca.
O mais curto conto histórico de Gogol, tem duas versões, a primeira edição de 1835 é decididamente pró–ucraniana em temas e na história, a segunda edição de 1842 recebeu alguns acréscimos considerados pró–russos. O romance conta a história de um velho cossaco ucraniano “Taras Bulba” e dos seus dois filhos, “Andrei” e “Ostap”. Os filhos de “Taras Bulba” estudam na Universidade de Kiev e regressam a casa de férias. Daí os três homens viajam para a região de “Zaporizhia”, na Ucrânia, para se juntarem aos outros cossacos na guerra contra a Polónia.
O mais curto conto histórico de Gogol, tem duas versões, a primeira edição de 1835 é decididamente pró–ucraniana em temas e na história, a segunda edição de 1842 recebeu alguns acréscimos considerados pró–russos. O romance conta a história de um velho cossaco ucraniano “Taras Bulba” e dos seus dois filhos, “Andrei” e “Ostap”. Os filhos de “Taras Bulba” estudam na Universidade de Kiev e regressam a casa de férias. Daí os três homens viajam para a região de “Zaporizhia”, na Ucrânia, para se juntarem aos outros cossacos na guerra contra a Polónia.
A história de “Taras Bulba” é cheia de personagens que não são nem exagerados, nem grotescos, característica de todas as outras obras de Gogol. A história deve ser entendida à luz do movimento literário romântico nacionalista, desenvolvido à volta de uma cultura étnica, baseando-se nos ideais românticos.
Resumo
Resumo
“Ostap” e “Andrei”, filhos de “Taras Bulba”, regressam a casa da universidade em Kiev onde estudaram.
O filho mais velho, “Ostap” é mais aventureiro, possui o verdadeiro espírito dos cossacos mas “Andrei” é profundamente romântico. Em Kiev, apaixona-se perdidamente por uma jovem nobre polaca, filha do Governador da cidade de Dubno, mas o curto namoro termina, quando a família da jovem regressa à sua cidade.
Como verdadeiro cossaco ucraniano, “Taras Bulba” pretende ver os seus filhos na guerra, pois os cossacos não eram considerados homens e não se casavam enquanto não terminassem o serviço militar. Os polacos, que ocupavam toda a parte da margem ocidental do rio Dniepre foram acusados de cometer atrocidades contra os cristãos ortodoxos, executadas com a ajuda dos judeus. Após o assassinato de alguns judeus nos arredores de Sich, os cossacos avançam contra o castelo de Dubno, e começam a cercar a cidade.
Uma noite, a empregada tártara da nobre polaca, pede a “Andrei” que ajude a salvar da fome, a família da sua namorada. Usando uma passagem secreta, “Andrei” leva pão à família da sua amada. Mais tarde ele trai os cossacos e passa para a parte polaca.
Numa das batalhas, “Taras Bulba” encontra “Andrei” vestindo o uniforme polaco e mata o seu próprio filho à queima–roupa dizendo: “Eu que te dei a luz matar-te-ei!”
O seu outro filho “Ostap”, após várias batalhas é capturado pelos polacos e prepara-se para ser executado em público.
Antes da execução, o judeu “Yankel”, a quem “Taras” salvou durante o massacre cossaco, concorda em levá-lo a Varsóvia para resgatar “Ostap”. Vestido como um conde alemão, “Taras” tenta salvar o seu filho da prisão, mas é reconhecido por um dos guardas, que o obriga a pagar 100 moedas de ouro para garantir a sua liberdade. Durante a execução, “Ostap”, como um cossaco que se preza não emite um único som, e apenas no fim pergunta retoricamente: “Pai, estás a ouvir-me?” Taras, escondido dentro da multidão responde que “Sim” e depois foge.
Os cossacos assinam a paz com os polacos, “Taras” mantém-se contra, pois perdeu os seus dois filhos por culpa dos polacos e obstinadamente leva o seu regimento para continuar a guerra contra a Polónia, mas é capturado em combate.
É atado a uma árvore e queimado vivo, gritando pelo Espírito de Rus.
Anti-Semitismo na obra
Anti-Semitismo na obra
Na opinião dos escritores Felix Dreizin e David Guaspari no seu ensaio literário “The Russian Soul and the Jew: Essays in Literary Ethnocentricis” onde discutem o significado dos caracteres judaicos e da imagem negativa da comunidade judaica ucraniana no conto “Taras Bulba” de Gogol, afirmam que o apego de Gogol a preconceitos anti-judaicos, são prevalentes na cultura russa e ucraniana. No livro do escritor russo Leon Poliakov “The History of Antisemitism”, o autor refere que a personagem “Yankel” de “Taras Bulba” realmente tornou-se no arquétipo do judeu na literatura russa. Gogol retratou-o como sendo extremamente ridículo, explorador, cobarde, repugnante, mas demonstrando alguma gratidão, por esse motivo, é com alguma naturalidade que é encarado o seu afogamento pelos cossacos, no rio Dnieper.
Adaptação da obra no cinema
O primeiro filme, de 1909 é uma obra do cinema mudo, realizado pelo russo Aleksandr Drankov, o segundo, filmado em 1935 na Alemanha, pelo realizador também de nacionalidade russa Alexis Granovsky, o terceiro, em 1936 produzido pela Grã–Bretanha com o título de “The Rebel Son” (O Filho Rebelde). A produção americana de 1962, realizada por J. Lee Thompson, com famoso actor de origens húngaras, Tony Curtis no papel de “Andrei”. Em 2007, o realizador russo de origem ucraniana, Vladimir Bortko, reuniu vários actores ucranianos, russos e polacos para criar um épico da vida dos cossacos, um novo “Taras Bulba” adoptando a versão “pró-russa” de 1842. Filmado na Ucrânia, em locais como Zaporizhia, Khotyn e Kamianets-Podilskyi, com estreia marcada para o segundo semestre de 2009. Também na música, a obra de Gogol serviu de inspiração à criação de uma ópera pelo compositor ucraniano Mykola Lysenko e de uma rapsódia sinfónica para orquestra do compositor checo Leoš Janaček.
O primeiro filme, de 1909 é uma obra do cinema mudo, realizado pelo russo Aleksandr Drankov, o segundo, filmado em 1935 na Alemanha, pelo realizador também de nacionalidade russa Alexis Granovsky, o terceiro, em 1936 produzido pela Grã–Bretanha com o título de “The Rebel Son” (O Filho Rebelde). A produção americana de 1962, realizada por J. Lee Thompson, com famoso actor de origens húngaras, Tony Curtis no papel de “Andrei”. Em 2007, o realizador russo de origem ucraniana, Vladimir Bortko, reuniu vários actores ucranianos, russos e polacos para criar um épico da vida dos cossacos, um novo “Taras Bulba” adoptando a versão “pró-russa” de 1842. Filmado na Ucrânia, em locais como Zaporizhia, Khotyn e Kamianets-Podilskyi, com estreia marcada para o segundo semestre de 2009. Também na música, a obra de Gogol serviu de inspiração à criação de uma ópera pelo compositor ucraniano Mykola Lysenko e de uma rapsódia sinfónica para orquestra do compositor checo Leoš Janaček.
Olá.
ResponderEliminarCheguei agora. Também estudo Letras numa faculdade do estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
Assim como pude perceber de você, também me interessa, sobremaneira, tudo que é relacionado ao mundo eslavo.
Atualmente estou lendo "Guerra e Paz".
Até outra hora.